29 junho 2012

Da ilusão

Não gosto de comprar roupa para bebés. Passo a explicar: nasceu a filha de uns colegas meus, já há quatro meses, e esta semana finalmente ia vê-la. Como dita a tradição, é chato chegar de mãos a abanar, então fui comprar uma roupinha. Eu, que não percebo nada de bebés, fui a uma loja de criança para escolher roupa. Como ela tem 4 meses, a caminho dos 5, achei que devia comprar o tamanho 6-9 meses, porque aparentemente todas as crianças vestem acima da sua idade. Tenho uma teoria para esta situação: as próprias marcas adulteram os tamanhos das roupas, pondo, por exemplo, uma etiqueta de 1 ano numa roupa que, na verdade, seria para 9 meses. E porque é que fazem isto? Para os pais, todos os pais, acharem que o seu rebento é muito grande para a idade e muito desenvolvido, quando no fundo são todos iguais e todos vestem tamanhos acima. Ora o que sucede é que eu comprei a roupa de 6-9 meses um bocado à sorte e a minha teoria confirmou-se, porque ela de facto já veste roupa para 6 meses, como eu suspeitava. Se nesta parte fui bem sucedida, nem tudo foram rosas. O que eu achava ser um belo fatinho da Minnie de t-shirt e calções afinal era um pijama... Mas também, quer dizer, os bebés bem podem andar de pijama durante o dia, não podem? Eles não saem à rua, nem vão para o escritório, nem nada...

28 junho 2012

Da tonalidade

Não gosto de maquilhagem no Verão. Mais uma vez vou falar neste assunto (já tinha falado aqui), porque isto incomoda-me bastante, apesar de não ser comigo, sendo que agora no Verão esta situação toma proporções drásticas. As pessoas maquilham-se e põem base ou pós, muito  bem, nada contra. Agora por amor de Deus, eu suplico-vos, escolham bases do vosso tom. Não vale a pena escolherem bases mais escuras com o objectivo de parecerem super morenas, se o pescoço, os braços e restante corpo à mostra parece um copo de leite. A máscara de base fica ridícula, ok? Vocês parecem palhacitas. A base tem de ser não do tom da vossa pele, mas um tom acima, para não parecerem estátuas. Mas é UM tom acima, não três. E não pensem que ninguém repara, as pessoas olham para vocês e reparam. Seria difícil não reparar na camada castanha que vos cobre a cara, numa vã tentativa de parecem morenas. Se querem ficar morenas, vão para a praia. Aumentar o tom da base só resulta DEPOIS de estarem morenas, para não ficarem com a cara mais branca que o resto do corpo. Antes de estarem morenas, e apesar de ser Verão, o tom a usar é o mesmo de sempre, certo?

27 junho 2012

Do calor

Não gosto de carros sem ar condicionado. Claro que isto não é bem uma questão de gostar, é mais uma questão de poder ou de ter sorte. Finalmente tenho um carro com AC para me refrescar nestes dias quentes de Verão. Mas nem sempre foi assim. Lembro-me das horas de aflição que passei no meu querido Corsa B, parada em filas ao sol, a torrar, com as janelas abertas na medida do possível (isto porque os vidros estavam empenados e não abriam até baixo), na esperança de sentir uma brisa, que teimava em não aparecer. Nesses dias, aquele carro era literalmente o Inferno. Mas graças a Deus, ao Universo e a todos os santinhos agora tenho um carro com AC e a minha vida mudou. Como eu invejava as pessoas que passavam de vidros fechados. Agora eu sou uma dessas pessoas. Vidros fechados e um microclima fresco lá dentro. Já pensei fazer a minha vida toda no carro, desde que saio do escritório, que é o único sítio (mais ou menos) fresco para além do carro. Comer no carro, dormir no carro, ver séries no carro. É pena ser demasiado pequeno e, provavelmente, isso gastava demasiado combustível e bateria.

26 junho 2012

Da foleirice

Não gosto de pessoas descuidadas. Passo a explicar: eu estava na fila para as caixas do Jumbo e à minha frente estava uma moça/senhora, dos seus 37, 38 anos. Muito loira, calças pretas justas e top, assim super armada em boa. Ela virava assim a cabeça daquela maneira que as gajas armadas em boa viram, sabem como é, assim a dar muito movimento ao cabelo. Bem, o que é certo é que passado uns minutos, quando ela se aproximou da passadeira das caixas, baixou-se para tirar as coisas do cesto e... estragou tudo. Ficou a ver-se assim um fio dental, daqueles mesmo à slut, aqueles que têm só um triângulo e depois é um fio só (desculpem, mas isso é horroroso e dá mesmo ar de slut seja a quem for), com uma etiqueta de fora toda velha, cheio de borboto e fios a sair. Fiquei  logo com nojo da moça e mantive a distância de segurança. Desculpem, mas se as gajas querem ter a mania, ao menos que andem impecáveis. Não é preciso terem cuecas da Victoria's Secret, nem nada caro, mas ao menos roupa interior em bom estado. Aquelas cuecas eu não daria nem à minha cadela para roer (isto imaginando que ela gostava de roer cuecas, que é um passatempo que ela não tem, é mais chinelos e tapetes). Para mim, tipas assim são só foleiras. Em vez de gastarem dinheiro a porem-se loiras, que tal investirem em roupa interior nova e andarem mais apresentáveis? Ficava-vos bastante melhor. Provavelmente estas pessoas no Inverno usam também meias rotas.

25 junho 2012

Da falta de imaginação

Não gosto de velas. Parece que foi uma praga que veio para ficar. Primeiro, apareceu o incenso, depois os queimadores de essências e depois as velas. Agora toda a gente tem velas. Toda a gente compra velas. Toda a gente dá velas nos anos. Se houver uma troca de prendas, no Natal, por exemplo, é certo e sabido que vai calhar uma vela a uma pessoa, pelo menos. É uma prenda fácil e barata. Estou farta de velas. Não são assim tão eficazes como ambientadores, para além de serem um perigo que facilmente estraga a vida e a casa às pessoas, em caso de distração. Odeio receber velas e por isso também não dou velas a ninguém. Prefiro dar meias, que sempre têm alguma utilidade. Velas é só para quando falta a luz e, mesmo assim, hoje em dia já existem lanternas.

22 junho 2012

Da tranquilidade

Não gosto que me aborreçam. No geral. E em particular. Estou farta de ser aborrecida por pessoas. Quero paz e sossego e ver séries. Pessoas, xô!

21 junho 2012

Da distinção

Não gosto do Seat Leon. Este carro é conduzido por três tipos de condutores apenas. O primeiro tipo são os gunas, que andam com bonés pousados na cabeça, e que têm o carro todo alterado, com jantes especiais, saias, vidros escuros, escapes duplos e panelas rotas, para fazer muito barulho. Em casos extremos, têm autocolantes de marcas de rádios (Alpine) ou de fabricantes de amortecedores (Koni) no vidro traseiro. O segundo tipo são mulheres que têm a mania que são pilotos e que não querem ficar para trás, então compram este carro na esperança de parecerem super fixes e boas condutoras e poderem ultrapassar os limites de velocidade permitidos, com a super potência que pensam que o carro tem. O terceiro tipo são os polícias à paisana, com radares instalados no carro, para multarem os espertinhos que queiram picar com eles. Têm estes carros propositadamente para enganarem os condutores incautos, que pensam que são pessoas do primeiro ou segundo tipo e tentam ultrapassá-los, recebendo um presente em casa do Ministério da Administração Interna, uns meses depois, assim que eles conseguem os nossos dados. Lições a tirar: nunca comprar um Leon e nunca se meter com nenhum condutor de um Leon, seja qual for o tipo.

20 junho 2012

Da avareza

Não gosto de pessoas avarentas. Eu não sou contra as pessoas pouparem. Sou toda a favor disso, aliás, acho muito bem, necessário até, as pessoas juntarem uns trocos para terem em caso de emergência (se tiverem cancro e o sistema de saúde público não permitir uma intervenção rápida, há que ter outra forma de fazer as coisas - drama queen, penso sempre nisto). Como a minha mãe diz 'dinheiro e respeito nunca são demais'. Mas o que me faz espécie são pessoas avarentas, pessoas mesquinhas. Pessoas que até para elas são más. Que não querem ir jantar fora porque vão gastar mais um pouco, que não vão de férias porque é muito caro, pesssoas que não vão a médicos particulares porque é um roubo e que passam meses e meses à espera de uma consulta no público (ok, nota-se aqui um padrão de aversão ao sistema público de saúde. Peço desculpa, mas não acredito muito nisso. Felizmente sempre tive sistemas de saúde particulares e as poucas vezes que recorri ao público não me deixaram boa impressão, por isso só quero ter dinheiro suficiente para não precisar de recorrer ao SNS, que se lixem as férias), pessoas que acabam por não gozar o dinheiro que têm só para juntarem, juntarem muito. Mas juntarem só para terem dinheiro, não para terem melhores condiçoes de vida. Ter dinheiro e não fazer uso dele é o mesmo que não ter, para mim. Se eu ganhar 5000€ mas só me permitir gastar 700€, porque o resto é para guardar, quase nem vale a pena ganhar tanto dinheiro. Não gosto de pessoas que vivem em condições... não diria miseráveis, mas bastante menos confortáveis do que o que poderiam, só para não gastar dinheiro. O dinheiro é para se gastar. Não todo, claro, que isso até foi uma das causas de estarmos na situação financeira em que estamos, com o sobre-endividamento das famílias, que não têm precisamente hábitos de poupança, precisando ainda de recorrer ao crédito. Nem 8, nem 80, é preciso algum bom senso. Na minha perspectiva, e em situações óptimas, onde há margem para isso claro, que infelizmente nem sempre é possível, será gastar o necessário para a subsistência, guardar algum dinheiro na conta poupança e poder gastar algum em pequenos 'luxos', como férias, cds, jantares, spas, roupa, livros raros de banda desenhada ou o que quer que cada um goste e o faça feliz. Isto tudo em teoria, que eu sei que a vida não é fácil. Cada vez menos.

19 junho 2012

Do desinteresse

Não gosto de estar desinspirada. Há muitas coisas que me têm chateado desde que esta semana começou, tanta coisa em tão pouco tempo, mas sinceramente hoje não estou com disposição de falar nem de me insurgir contra nada. Não estou resignada, mas sinto-me com falta de energia e disposição para me revoltar. Eu guardo para mais tarde. Hoje apetece-me só sair do trabalho rápido, ir comer sushi, voltar para casa e dormir.

18 junho 2012

Da saudabilidade

Não gosto de fruta. Nunca fui assim de comer muita fruta e para verem quão básica sou no que diz respeito a fruta, a minha fruta preferida é a maçã. Mas ultimamente, em sintonia com o exercício, tenho comido mais fruta. Mais maçãs principalmente, um bocado de melancia semana passada e uma taça de pêssego cortado. Os morangos já acabaram e o abacaxi é apenas de vez em quando. Mas não sei porque é que as pessoas estão sempre a dizer que faz tão bem comer fruta. A fruta tem um teor absurso de açucar, que para os diabéticos não é nada bom. Lembro-me desde sempre de a mami dizer para eu comer uma peça de fruta depois da refeição. Mas eu nunca queria. E mesmo agora também não como às refeições, como a meio da manhã ou da tarde, quando tenho fome. Vou comendo, um bocado assim à força, para não comer coisas piores, tipo bolos e chocolates. Só gostava que as pessoas parassem de fazer aquela cara de espanto quando eu digo que não gosto muito de fruta, como se eu fosse super freak. Há quem não goste de carne, há quem não goste de vegetais, eu não gosto de fruta. Big deal...

15 junho 2012

Da gula

Não gosto de ver crianças no shopping. Calma, eu sei que não sou grande fã de crianças, mas também não sou assim tão mázinha. Estou a falar de quando vou ao shopping à hora de almoço e vejo as crianças todas de um infantário (ou escola, ou lá como se chamam hoje em dia os estabelecimentos onde as crianças até aos 6 anos andam) que vão lá comer. Ao McDonald's. Chamem-me old-fashioned mas não vejo isto com muito bons olhos. Primeiro, há a questão de irem para um shopping, para ensinarem desde cedo os vícios capitalistas às criancinhas. Depois organizarem uma excursão para irem comer McDonald's... Eu sei que as crianças gostam, mas acho que se querem comer isso, deve ser com os pais. Eu percebo também que todas as crianças que lá estão devem ter autorização dos pais para comerem McDonald's, mas a culpa é da escola, que nem deveria organizar tal programa. Há tanta coisa boa que podiam comer e vão logo para o McDonald's? Posso estar a ser cabeça dura, mas eu não queria que os meus filhos fossem num passeio da escola ao McDonald's.

14 junho 2012

Da indiferença

Não gosto de futebol. Já disse isso aqui no blog, acho eu, mas estas competições europeias fazem-me estar cada vez mais convicta dos meus gostos. É impressionante como ontem estava toda a gente na sala da reuniões a ver o jogo e a gritar 'golo' e eu a trabalhar, no meu sítio, como se nada fosse. Para vocês verem como eu não suporto mesmo futebol, numa situação normal até aproveitaria o jogo para não trabalhar, mas só de pensar que tinha de ir para ali olhar para a televisão e ver aquele relvado verde cheio de bonequinhos que se mexem de um lado para o outro, até trocar a areia dos gatos se me afigura como uma melhor tarefa. Vendo as coisas pelo lado positivo, quando saí, perto das 18h, não havia trânsito absolutamente nenhum. Que haja jogos todos os dias a esta hora!

13 junho 2012

Da preguiça

Não gosto de exercício. Eu sou provavelmente a pessoa mais preguiçosa do mundo. Ok, se calhar não, aqueles americanos gordos que comem McDonalds todos os dias e arrastam-se em vez de andarem são piores que eu, mas vocês perceberam a ideia. Odeio exercício de qualquer tipo, apesar de já ter tido ao longo da vida, como qualquer pessoa normal, algumas incursões por esse triste mundo - natação quando era miúda, aikido e ginásio quando era adolescente. Exceptuando a natação, que durou cerca de 3 anos, o resto não durava mais que uns (poucos) meses. De resto, andava de vez em quando de bicicleta e ia caminhar, mas até isso já acabou. Mas, à semelhança de outros bloggers (Rachelet e Troll, por exemplo), que também abominavam exercício e acabaram por se render, também eu, Maat, me rendi. O verão aproxima-se, apareceram uns quilinhos novos depois do Verão passado e eis que é preciso tomar medidas. Fechar a boca e mexer-me. Comprei um stepper e tenho feito todos os dias 25 minutos daquilo. Provavelmente não é isso que me vai emagrecer, mas deve ajudar qualquer coisa. Ginásios nem pensar (tema para novo post) e correr está fora de quastão (com a asma, passado pouco tempo saltam-me os pulmões pela boca). Já perdi cerca de 2 kg e sinto as pernas mais resistentes (será que este é um termo que se aplica?), se bem que eu sempre tive músculos nas pernas, consequência de um ano inteiro a correr nas aulas de Educação Física do 10º ano, que ainda hoje me provocam pesadelos. Agora é preciso abdominais para a barriga e qualquer coisa para os braços. Resumindo, depois desta conversa toda, tenho feito exercício e nem é assim tão mau. Principalmente porque enquanto faço vejo as minhas séries e sempre não sinto aquilo como um desperdício de tempo. Quem diria, eu a fazer exercício todos os dias... O fim do mundo deve estar próximo (espero bem que não, senão ando a esforçar-me para nada).

12 junho 2012

Dos acessórios II

Não gosto de mulheres que não usam mala. Se acho totós os homens que usam malas, as mulheres que não usam mala parecem homens. Eu sei que estou a ser preconceituosa, mas é verdade. Também é verdade que são raras, raríssimas, mas conheci uma. Uma em toda a minha vida. Pronto, é pouco. Eu olhava para ela... e achava aquilo muito estranho. Onde é que ela punha as chaves de casa? E as chaves do carro. E a carteira, os lenços, o baton de cieiro, a agenda, o bloco de notas, a caneta, o telemóvel... Isto para as menos vaidosas, que a outras ainda têm de levar a bolsa da maquilhagem, cheia de produtos, a escova, o espelho... E eu interrogava-me onde é que aquela moça punha tudo isso. Andava com as coisas nos bolsos? Mas não cabe tudo lá. Não trazia? Mas há coisas que são essenciais. Não sei, não entendo. E depois olhar para ela e vê-la de mãos a abanar. Eu também não uso mala, se for andar, por exemplo. Levo só as chaves e o telemóvel. Ou se for tomar um copo e não quiser andar carregada, levo só uma malinha pequenina, com telemóvel, chaves e carteira. Mas isso são contextos especiais, não a normalidade. Mulheres sem malas são estranhas. Tenho dito.

11 junho 2012

Dos acessórios I

Não gosto de homens que usam aquelas malas. Aquelas malinhas pequenas, de tiracolo. Só os totós usam isso. Homem que é homem anda com as coisas na mão. Mas que coisas? Os homens só andam com chaves, carteira e, eventualmente, tabaco. Se estiverem constipados, um pacote de lenços de papel. Não são como as mulheres que têm de levar a casa toda atrás (falo por mim e muitas outras, tenho a certeza). A mala é para quê, para levarem o lanche? Por favor, aquilo é ridículo. Por mais que a mala até seja gira e até seja da Nike ou da Camel ou de uma marca com pinta, homem de mala é sempre totó. Homens das malas, repensem essa atitude: olhem-se ao espelho e vejam se ficam másculos com essas malinhas ao ombro. Pois, mais vale levar tudo nas mãos ou nos bolsos, não é?

06 junho 2012

Da vergonha

Não gosto que as mulheres justifiquem as suas escolhas de vida em relação ao filhos. Eu sei que este é um tema já muito abordado na blogosfera mas tenho de falar disto. Ontem fui jantar com umas amigas, a maior parte delas já mães. A conversa naturalmente evoluiu para o tema das crianças, como é normal desde que começaram a ter filhos, e então uma delas começou a justificar-se por não querer ter mais nenhum filho. Que gosta muito da filha, faz tudo por ela, mas não se imagina com mais uma criança, acha que não tem perfil, blabla. Quase a pedir desculpa por não querer ter o segundo filho. Eu estava doente, capaz de lhe bater. Acho que ninguém tem que justificar nada. Ninguém tem nada a ver com a vida dela e se ela e o marido tomaram essa decisão, ela não tem que pedir desculpa à humanidade por querer ter um filho só. Este tipo de coisas deixa-me triste, porque aqui se percebe que podemos ter já evoluído em muita coisa, mas neste assunto ainda estamos na idade da pedra. Mulher que não queira procriar até tem vergonha de o admitir perante a sociedad, com medo do que os outros vão pensar ou dizer. E tem de arranjar desculpas para a sua opção. É que já nem se safam os que só querem ter um filho, agora ter 'um casal' é que é a norma. A norma para os idiotas. As pessoas têm os filhos que quiserem, nenhum, um, cinco, quantos forem, e ninguém tem nada a ver com isso. E já que estamos neste tema, aproveito para reforçar a ideia, também já muito debatida, que as únicas pessoas que querem saber das proezas dos rebentos são os pais. O resto do mundo desliga quando começa a ouvir histórias de como a criança gatinha muito rápido para ir atrás do cão.

05 junho 2012

Da sensatez

Não gosto de capas para telemóveis. Nem capas para computadores. Nem aquelas capas ridículas para os comandos da televisão que se usavam nos anos 80. Não gosto de qualquer tipo de capas. Eu acho que se temos as coisas, é para as usarmos e aproveitarmos. Percebo que as capas sirvam para proteger dos riscos e das possíveis quedas, mas faz-me confusão. Faz-me ainda mais confusão aquelas pessoas que, passado 4 anos de terem o mesmo computador, que já nem deve ter RAM suficiente para funcionar decentemente e arrancar em menos de 5 minutos, ainda põem aquela película de esponja entre o teclado e o visor 'para não estragar' e depois ainda metem o pc naquelas bolsas de neoprene horríveis antes de o meter na pasta. Já nem vou falar daquelas películas nojentas de plástico transparente que eu odeio de morte, que só servem para acumular lixo, pois já lhes dediquei um post (http://naogostonada.blogspot.pt/2010/11/da-sensatez.html) e até fico nervosa só de pensar nelas. Ah! E depois tambem há aqueles que compram películas de plástico propositadamente para colar no visor do telemóvel. Fossem as pessoas tão cuidadosas na vida como são com os telemóveis e os computadores...

04 junho 2012

Da intolerância

Não gosto de alergias. Nesta altura, ando sempre com o ranho a pingar do nariz e a espirrar. A zona onde trabalho está cheia de árvores, que têm uns quaisquer pólens que fazem quase toda a gente que aqui passa andar sempre de lenço na mão. Em casa, tenho os gatos, que largam pêlo constantemente e que por mais que se aspire anda sempre pêlo a voar. Já eliminei as cortinas e os tapetes e parece que ajudou um pouco, mas continuo a sentir os efeitos. Depois venho trabalhar e apanho com o pólen na rua. Os dias em que estou pior tenho de tomar anti-histamínicos, senão não consigo parar de me assoar. E eu faço imenso barulho, por isso é chato incomodar toda a gente a minha volta. Para além destas alergias, tenho também uma espécie de alergia ao sol ou ao calor. Mal vem este tempo quente, fico com a zona do pescoço cheia de manchas vermelhas. Ponho protector 50+ todos os dias para minimizar os efeitos, mas mesmo assim nota-se. Depois há também a alergia aos alimentos, mas como ainda não fiz o teste, não sei que alimentos me fazem mal. Mas há qualquer coisa que eu como que me deixa a cara, pescoço, peito e ombros cheios de espinhas. Vida difícil... Ao menos não sou alérgica ao marisco e não corro o risco de choque anafilático. Isso seria bem pior.

01 junho 2012

Da originalidade

Não gosto das últimas colecções Swatch. Eu gosto muito dos relógios Swatch. Porque são bonitos e porque são os únicos que eu posso comprar, assim acima dos relógios mais rascas que se vendem nas lojas de roupa. São fiáveis, duradouros e relativamente baratos. Tenho alguns, cerca de dez acho eu, que fui juntando ao longo dos anos. Lembro-me que antes saía uma colecção nova e eu gostava de imensos relógios e queria-os todos. Desde há um ano, dois talvez, não tenho a certeza, não têm sido muito originais. Eles baseiam as colecções deles em 3 ou 4 modelos e depois é lançar relógios em cores diferentes. Sempre assim. Relógios iguais, cores diferentes. Sempre os mesmos relógios, assim básicos e em muitas cores. Eu até cheguei a aderir a essa 'tendência', tenho dois relógios do mesmo modelo em cores diferentes. Mas isso foi no início. Quando me apercebi da falta de originalidade crescente deles, deixei de achar tanta piada. E também não tem saído nenhum modelo que eu goste, apenas os que já existiam. Mas eu ainda tenho esperança que eles voltem ao que eram e a próxima colecção me faça arruinar o meu orçamento mensal, durante meses seguidos.
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